(Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Após cerca de 12 horas
de sessão neste sábado (27), o Senado encerrou o terceiro dia de
julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff (PT).
Durante a tarde, depôs o ex-ministro da
Fazenda Nelson Barbosa. À noite, foi a vez de o advogado e professor da
Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Ricardo Lodi ser ouvido
como informante.
Este foi o terceiro dia de sessões do julgamento - na sexta (26), os senadores já haviam se reunido durante 13 horas.
O sábado (27) foi marcado por provocações
entre senadores pró e contra o impeachment. O clima ficou inflamado após
manifestações do informante Ricardo Lodi, como a afirmação de que "O
entendimento do TCU de que os decretos constituíam crime de
responsabilidade só veio surgir depois dos decretos. Não existia no
ordenamento jurídico brasileiro".
O julgamento final acontece nove meses após o
ex-presidente da Câmara e hoje deputado afastado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) ter acolhido o pedido de afastamento da petista.
Dilma está afastada do cargo há quase quatro
meses, desde que o Senado aceitou o processo e Michel Temer assumiu
interinamente a Presidência. Ele diz já ter os 54 votos mínimos
necessários para ser confirmado no cargo.
A presidente afastada é acusada de editar,
em 2015, decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de
usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas
"pedaladas fiscais".
A sessão de julgamento deve ser retomada na
segunda-feira (29), às 9h, quando Dilma irá apresentar aos senadores sua
defesa pessoalmente.
A lista de convidados da defesa para esta sessão inclui o compositor Chico Buarque.
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